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Bandeira Negra

by Armada

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1.
Somos a alcateia Invadindo o covil do leão Desordeiros desafiando o estado policial Somo hereges de hoje Canonizados amanhã Pragas ambíguas como sempre subjugando suas leis Demolimos suas estátuas Debochamos de seus heróis Semper adversus Semper adversus Levantar âncora, deixar para trás Semper adversus Semper adversus Levantar âncora, deixar para trás Demolimos suas estátuas Debochamos de seus heróis Não tenha expectativa Uma nova perspectiva Como o futuro te julgará? Como o futuro te julgará?
2.
1982 02:14
Na Espanha Mil novecentos e oitenta e dois Canarinho Seleção imortal No gramado Zico, Júnior, Sócrates, Falcão Futebol arte Seleção imortal Suor, raça e coração Amada, injustiçada seleção Suor, raça e coração Amada, injustiçada seleção Cruel eliminação Três gols silenciaram a nação No Sarriá Barcelona Mil novecentos e oitenta e dois
3.
Armada 02:05
A névoa traiçoeira chega de repente Emboscado por tiro de canhão Não me atrevo sucumbir O inimigo ataca A ordem é resistir O fardo pesa, eu carrego bem Olho por olho. Dente por dente Você sabe quem é quem O tiro pelas costas saiu pela culatra Olho por olho. Dente por dente Você sabe quem é quem O vento sobra ao meu favor O vento sopra e sempre sopra Direto ao meu favor Mesmo em desvantagem, vencer ou então morrer Com um bravo coração cumprimos o dever Não se atreva afrontar Armada, o legado, a vitória O vento sopra direto ao meu favor O vento sobra ao meu favor Sobrevivi aqui estou O vento sobra ao meu favor Sempre hostil aqui estou O vento sopra e sempre sopra Direto ao meu favor
4.
Com seus excessos você pôs tudo a perder Sua risada nunca iremos esquecer Jaqueta rebitada, moicano em pé Tarde para lamentos, triste forma de aprender Anulados planos que criamos por tantos anos Olho à esquerda e você não está Mesmo as mancadas, elas me fazem falta Seus feitos estão eternizados Te dei conselhos, mas você não quis me ouvir O tempo é escasso e a vida curta demais Te põe no jogo e depois te impede de seguir, continuar Boa lembrança é o que irá restar
5.
O Sol surge no horizonte, mais um dia no mar Fantasmas e demônios vêm acompanhar A tripulação de um homem só Num bote que avança sempre a poucos nós Mas segue adiante Não existe perdão para quem desertar Quem abandona o navio nunca pode voltar Cruzando oceanos Remando na escuridão Pra sempre um marujo Sem rumo e sem capitão Sem rumo e sem capitão Ventos a estibordo carregado de azar Estórias de naufrágio tentam me assustar Mas hoje sei o tamanho do céu Pois não o vejo mais por uma escotilha E sigo adiante Não existe perdão para quem desertar Quem abandona o navio nunca pode voltar Mas eu continuo Cruzando oceanos Remando na escuridão Pra sempre um marujo Sem rumo e sem capitão Sem rumo e sem capitão Tempestades atormentam Mas não conseguem me afundar Não serei mais prisioneiro Minha vida é o mar Uma vida no mar Cruzando oceanos Remando na escuridão Pra sempre um marujo Sem rumo e sem capitão Sem rumo e sem capitão
6.
Nuvens escuras o mar está calmo Algo vai acontecer Sinto sinais de perigo abordo Tenho que me concentrar Penso em nós em viver E voltar pra casa mais cedo Desviar do temporal E voltar pros seus braços de novo Me faz tanta falta o seu cheiro e sua voz Mares bravios cansei Velas Içadas países distantes Novas paisagens cruzei Lindas praias, ilhas desertas não fazem sentido sozinho Que saudades da minha terra e dos meus amigos queridos Dos lugares que deixei sem me despedir E voltar à dar valor pras coisas simples daqui
7.
A indignação te tortura Mas você escolheu se calar Escondeu o seu lado Agora não adianta gritar Soltaram rojões, comemorações A democracia morreu Urros, aplausos, o ódio venceu Qual é o seu lado? A mentira repetida Uma verdade se tornará Para as corporações, a mídia e o caos Seu medo veio a calhar Soltaram rojões, comemorações A democracia morreu Urros, aplausos, o ódio venceu Qual é o seu lado? Lado a lado Lado a lado Mais divisões, mais desiguais É a herança que vão nos deixar O gado ensinado agradece a ração Que é dada pelo abatedor Soltaram rojões, comemorações A democracia morreu Urros, aplausos, o ódio venceu Qual é o seu lado?
8.
Filho de cacique fugiu da escravidão Com a cabeça a prêmio do Piauí ao Maranhão Índios corsários entre a espada e a cruz Unir para lutar Lutar para existir Lutar para existir Pitiguaras, Aranis, Potis, Itapajés Kariris, Acaraús e os bravos Tremembés Flechas envenenadas contra tiros de arcabuz Flechas envenenadas Tiros de arcabuz
9.
Desafiamos o inferno Sem esperança de salvação O convés empoçado de sangue Morremos com a espada na mão Fumamos no porão Ao lado da munição Renegado suicida Missão de destruição A força ou o desterro Alto preço a pagar Bandeira negra Velhos lobos do mar Bandeira negra Velhos lobos do mar Saquear, intimidar O medo derrota esquadrões Bandeira negra Velhos lobos do mar Bandeira negra Velhos lobos do mar
10.
Estórias de coragem munidas de valor De pai pra filho através de gerações O rosto marcado, o Sol castiga Que a sorte mude na próxima estação Nossa força vem Daqueles que nos ensinaram E não estão mais entre nós Caminho pelos trilhos Onde a locomotiva apitava a pleno vapor Na velha ferrovia, cruzando o sertão Deixou saudades em cada estação Nossa força vem Daqueles que nos ensinaram E não estão mais entre nós Não estão mais Não estão mais Não estão mais entre nós
11.
Comandos em ação Clash na caixa de som Garotas, brigas e guitarras Pulando o portão Ensaios de manhã Tatuagens escondidas Onde estão nossas ambições? Quem as comprou? Onde estão nossas ambições? Quem as roubou? Ressaca, castigos Para o centro de trem Comprando discos Gravando fitas Matando aula para fumar Onde estão nossas ambições? Quem as comprou? Onde estão nossas ambições? Quem as roubou?
12.
Lisboa 02:16
Quando você abriu a porta para mim Meu coração quase parou O que era tesão Se tornou paixão Logo depois virou amor Da Liberdade até Lisboa Do outro lado da cidade Eu vim parar No interior ao som de Johnny Cash Nós dois descemos do altar Confie em mim Segure a minha mão O mar de concreto é o nosso lar Da Liberdade até Lisboa Do outro lado da cidade Eu vim parar
13.
Faca & Fogo 01:59
Na ponta da faca coloquei meu coração Fumaça densa não atrapalha a minha visão O fogo queima, queima lento Nada cai do céu, oh não, oh não Comando a brigada com a faca e o fogo na mão Ela é a chama que me mostra a solução Língua afiada, sangue quente Nada cai do céu, oh não, oh não Faca, fogo, determinação Faca, fogo, determinação
14.
Tirania 01:56
Tirania Herança militar Bela e recatada Cuspindo bimbas de gás Braços cansados Não aguentam mais Sua ordem natural Paranoia paira em todo lugar Na sua cidade cinza Não há mais nada para nós O seu novo Brasil Nasceu velho demais Braços cansados Não aguentam mais Sua ordem natural Paranoia paira em todo lugar Somos o veneno contra os ratos no poder
15.
A palavra prega paz e retrocesso, amor e preconceito O rebanho cresce, frente à televisão Aleluia, irmão Jarbas, ex-ladrão, onze tiros e reviveu Desperdício de milagre Mão ao alto venha a nós o vosso bendito dinheiro O rebanho cresce, frente à televisão Aleluia, irmão Não ajoelhar frente a farsantes Não tolerar intolerantes Não vão me dobrar Mas eu não vou me ajoelhar Ao verme que aprendeu a rezar Não, eu não vou me ajoelhar Ao verme que aprendeu a rezar O verme só quer te enganar Há vermes em todo lugar
16.
Eu sou cobra criada E tenho muito veneno Sou neto da madrugada E afilhado do sereno Quero respeito comigo Que eu sou bom amigo, mas brigo à toa É só não errar malandragem Que tu fica numa boa Minha mulher não é viola Pra vagabundo tocar Nem tão pouco é microfone Pra amigo da madruga conversar Eu sou cobra criada E tenho muito veneno Sou neto da madrugada E afilhado do sereno Vagabundo é igual à capim Que nasce em qualquer lugar Eu cheguei, estou chegando Vim aqui pra capinar É, mas ali moram uns malandros Que precisam apanhar Parece cachorro com gato Toda hora quer brigar Eu sou cobra criada E tenho muito veneno Sou neto da madrugada E afilhado do sereno
17.
Na garoa em SP todas as estradas levam a você Na Guanabara cruzo a ponte no mar Nos canhões que protegem Belém A certeza me cerca memórias me veem Nos bares do Sul um brinde aos que estão a lutar Sem fronteiras você e eu Ancorados a vícios que a vida traz Ao encalhar na maré de azar Você sabe onde vai me encontrar Nas montanhas de Minas Gerais Deixo num instante os problemas pra trás No sol do Nordeste sinto o inverno acabar Sem fronteiras você e eu Ancorados a vícios que a vida traz Ao encalhar na maré de azar Você sabe onde vai me encontrar Num só refrão, um só refrão Ao encalhar na maré de azar Com você sei que posso contar

about

"Levantar âncora, deixar para trás". O refrão de "Semper Adversus", primeira faixa do álbum de estreia da Armada, diz exatamente a que veio a banda formada por 4/5 do finado Blind Pigs, um dos principais grupos punk da história da música brasileira. Seguindo em frente, expandindo horizontes e enfrentando mares bravios - como gostam de dizer, o conjunto formado por Henrike Baliú, Mauro Tracco, Arnaldo Rogano, Alexandre Galindo e Ricardo Galano apresenta "Bandeira Negra", disco que é a continuação lógica do trabalho desenvolvido pelos músicos em uma carreira que segue a pleno vapor.

Com arte primorosa do colaborador de anos Paulo Rocker, o grupo não economiza e já chega com um disco de 17 faixas, lançado pela a HBB em CD, LP e K7, que segue o bom gosto estético e o primor em qualidade pelo qual seus integrantes sempre prezaram. Produzido e mixado por Átila Ardanuy, “Bandeira Negra” foi masterizado por Ade Emsley, responsável pelos últimos trabalhos do Iron Maiden, e a versão do álbum em LP será lançada também nos Estados Unidos pela Pirates Press Records.

De seu passado recente, a banda carrega ainda a experiência, boas melodias, muito da crueza e energia do punk, e as analogias entre cotidiano e a vida no mar. De novidade, passeios pela música de raiz brasileira e americana, e uma porção de novos colaboradores, desde o guitarrista e compositor Ricardo Galano - agora membro fixo da tripulação, até as participações especiais de nomes de peso como Sérgio Reis e Kiko Zambianchi - ambas justificáveis e plenamente bem inseridas no contexto da obra.

Maduro e bem resolvido, o Armada é resultado do esforço de um conjunto de pessoas a fim de ir além das amarras que a etiqueta anterior os exigia. Livres para criar, encontraram em "Bandeira Negra" novas formas de protestar, celebrar a música e se expressar artisticamente.

Desbravadores - seu capitão lançou um dos mais festejados discos do punk nacional há exatos 20 anos - a Armada deixa a linha de frente para estender sua bandeira, decretar novos rumos e avançar sobre novos oceanos.

*Texto assinado por Wladimyr Cruz

credits

released February 2, 2018

Produzido e mixado por Átila Ardanuy.
Gravado entre o inverno de 2016 & o verão de 2017 nos estúdios Bavini & Ardanuy, São Paulo, Brasil.
Masterizado por Ade Emsley no Table of Tone Mastering, Londres, Inglaterra.
Arte por Paulo Rocker.
Foto por Cristiano Martins.

Músico Convidado:
Joe Marshall: Guitarra solo em Armada. Woody: Baixo Acústico em Armada. André Youssef: Acordeão em Eterno Marujo e Um Só Refrão. Átila Ardanuy: Baixo e Órgão em Mares Bravios. Sérgio Reis: Voz em Próxima Estação. Gustavo Graudenz: Saxofone em Faca & Fogo. Diego Nakasone: Banjo em Tirania e Um So Refrão. Jonas Morbach: Órgão em Desperdício de Milagre. Kiko Zambizanchi: Arranjo, voz, guitarra e solo em Cobra Criada.

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Armada São Paulo, Brazil

Das cinzas do lendário grupo punk rock Blind Pigs, surge o Armada. Com influências de vários estilos e sem medo de ousar, a banda é uma grata surpresa para a “legião de inconformados” e para apreciadores do punk rock.

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